É preciso mudar a relação entre órgão regulador e regulado. A avaliação é do diretor geral da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul (Agesan-RS) e presidente da Associação Brasileira de Saneamento (Abrasan), Demétrius Gonzalez, que participou do Seminário “Desafios Contemporâneos da Regulação”, em São Paulo, hoje (16). Segundo ele, a atividade de regulação é uma construção que deve ocorrer gradativamente. “Temos que parar com polarização entre regulado e regulador. Há momentos em que temos que ser rígidos com o prestador de serviço e outros em que temos que sentar juntos para discutir alternativas em favor dos usuários”, destacou Gonzalez, no evento promovido pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
Ele explicou que a agência, no Rio Grande do Sul, está mudando o conceito de regulador. “Ao mesmo tempo em que penalizamos um prestador, também percebemos o quanto temos que ser flexíveis para discutir prazos, plano de ações, entre outras iniciativas com as concessionárias”, justificou o diretor geral da Agesan-RS.
Gonzalez frisou que as concessionárias ainda não compreendem, de forma geral, o papel do regulador. “Entendem que só queremos penalizá-las. Por isso, a necessidade de construirmos a uma relação com o regulado”, concluiu.